sábado, 16 de agosto de 2008


Memórias

Por: Guilhermo Aderaldo

A vida passa pela ferrovia

E na velocidade, o tempo vai ficando para trás

Como dói a memória,

Posto que é algo que está e ao mesmo tempo não está conosco.

A vida anda, caminha com o vento

E eu, que sou brisa,

Insisto em seguir-lhe os rastros sem nunca alcançar-lhe.

Sinto seu cheiro, vejo suas cores e tomo seus gostos

E logo caio, num mundo obscuro.

Louco abismo da memória.

É na partida, na ruptura de todos os laços, de todas as crenças

Que temos a impressão de nos aproximar

Ao mesmo tempo de todas as sensações.

Viver é sempre descer na estação errada


3 comentários:

Adriana disse...

"Viver é sempre descer na estação errada"

Será que existe estação errada, ou certa? acho que as estações são sempre muito diferentes umas das outras e que o tempo todo escolhemos uma ou outra, talvez isso nos dê a sensação de errada, pois perdemos a outra ao escolher por essa ou aquela...
São vivencias, experiências, que podem ser amargas ou doces dependendo da forma que olhamos para elas... Mas com o seu caminhar o tempo todo se transformam em memórias...
Muito bonito! Encheu de algo único e especial o seu blog.
grande beijo!

ART disse...

uau... que poeta está me saindo em amigão? essa coisa de descer sempre na estação errada pode ser legal, desde que sempre haja outro trem!! assim a gente não pára nunca!

Kaloski disse...

"Viver é sempre descer na estação errada"

Mto bom kra, dps dá uma passada lá no meu:

www.eukaristia.blogspot.com